Turismo no Peru
(Famtour oferecido pela Operadora de Turismo New Age)
O que é um famtour?
Definição Ministério do Turismo: o Famtour é uma “forma de promoção que tem como objetivo familiarizar e encantar o distribuidor do produto turístico. Consiste em convidar agentes de viagem para visitar o destino, para que conheçam o local e saibam o que estão oferecendo ao cliente.”
E nessa promoção que a Almanaque Viagens foi contemplada, e eu fui, Claudia Vendramin, a representante dessa “difícil” tarefa .. rs. Era um destino que eu queria muito conhecer, mas pra mim, e para muitos dos meus clientes, existia a dúvida: Como vou me sentir? A altitude será um problema?
Então eu falo que NÃO, a altitude não é um problema, mas você precisa seguir uns passos importantes, para aproveitar a viagem da melhor maneira, vou contar tudo pra vocês aqui !! Então “boa viagem” !!
Nosso grupo era formado por 11 consultores de viagens da cidade de S. Paulo e interior. Desembarcamos em LIMA e ficamos 2 noites no Hotel Dazzler Lima. O hotel é muito bem localizado, numa das principais avenidas de Miraflores, que é o bairro mais turístico de Lima, com restaurantes, casa de câmbio, supermercado tudo muito próximo. O atendimento do hotel é ótimo, o café da manhã muito bem servido, e as instalações muito confortáveis, recomendo!
Sobre LIMA…
Lima é uma cidade litorânea, muito bonita, bem cuidada e organizada. Para cada bairro existe um prefeito, por isso fica fácil manter a limpeza e organização. A praia (Oceano Pacífico) tem mar agitado, o que atrai muitos surfistas. A orla está passando por uma reestruturação e está ficando linda, com quadras de basquete e outras atrações esportivas.
A única desorganização fica por conta do trânsito caótico, os motoristas parecem estar sempre perdendo hora e como carro pra eles custa barato, eles não tem muito apego e se jogam mesmo, uma loucura atravessar a rua em Lima e Cusco.
Apesar da pouca chuva (quase inexistente), Lima tem clima úmido e a temperatura varia entre 12º C e 30º C. Você pode sentir uma grande variação ao longo do dia. Estava bem quente, mas a partir das 16h um forte vento chegava e ficava bem frio. Então a dica é vestir-se em camadas, o que chamamos de cebola.
Ficamos mais tempo em Miraflores, pois é onde está a maioria dos pontos turísticos, locais que interessavam em nossa viagem. Miraflores é bem bonito, cheio de canteiros floridos e seguro, lá você pode andar durante a noite com seu smartphone em mãos que não será roubado. De fato, saíamos a pé bem tarde dos jantares e não vimos nenhuma situação duvidosa.
O ideal é evitar a segunda-feira na cidade, porque é o dia que a grande maioria dos museus e demais atrações estão fechados. E com 2 dias inteiros e 2 noites na cidade é possível conhecer tudo. Agora se você AMA comer bem, está indo para o lugar certo! LIMA tem uma das escolas LE CORDON BLEU e tem restaurantes premiadíssimos, e mesmo nos menos famosos a comida é maravilhosa, isso também pela riqueza de seus produtos, legumes, frutas e etc. Nesse caso indico ficar mais noites. E não se esqueça de fazer reserva, pois são restaurantes bem concorridos.
Indico algumas opções que consegui conhecer (sem reserva): Mangos (Shopping Larcomar, com uma vista fantástica), La Lucha para o almoço (recomendo o lanche PREFERRIDO), IK (com reserva), recomendo a degustação de 5 pratos, com certeza uma experiência maravilhosa. Lógico que são pratos de degustação, pouca quantidade e muiiito sabor. Os drinks também são maravilhosos!!! Além desses, o La Rosa Náutica, está a beira mar e é bem conhecido, eu não tive tempo de ir, mas algumas pessoas do grupo recomendaram. E o Astrid y Gastón para aquele que estiver com o orçamento mais folgado (ele também exige reserva com bastante antecedência).
Sobre as atrações de LIMA…
Em Miraflores dependendo do hotel que estiver você consegue ir a pé: Museu de Sítio Arquelógico Huaca Pucllana. Este se estiver com tempo porque ao longo da viagem ao Peru você irá visitar muitos sítios arqueológicos.
O Shopping Larcomar é um pequeno shopping a céu aberto, com vários restaurantes. Vale a visita mesmo para quem não gosta de shopping, pois a vista é linda, ideal para um almoço!!!
Parque La Reserva é um parque de fontes, aquele de dança das águas, vale a visita! (fecha às segundas).
No centro: La Casa de La Gastronomia Peruana trata-se de um museu que mostra a história da gastronomia.
E para os amantes de arte, recomendo o MALI (Museu de Arte de Lima), além de ótimas exposições, o prédio é lindo!
Na orla: El Parque del Amor é inspirado no parque Guel em Barcelona e, se você como eu, gosta de caminhar, ir a pé pela orla e chegar ao parque é uma grata surpresa… com certeza te inspira!!!
Sobre CUSCO…
Deixamos Lima bem cedo, embarcamos para Cusco no vôo das 8h40 com chegada às 10h. Como isso é muito comum, o café da manhã estava disponível a partir das 6h. Agora chegamos ao assunto ALTITUDE. Deixamos Lima na altura do nível do mar, para desembarcar em 3.400 metros de altitude. O “mal da altitude” existe mesmo, há uma variação muito grande de altura, por isso os hotéis antecipam o horário de checkin em Cusco para às 11h.
Ao chegarmos ao Hotel Royal Inka, assim como todos os hotéis de Cusco, havia na recepção o chá de coca e a folha pra quem quisesse mascar. Tomamos o chá e descansamos por 1h30, para então sairmos para o city tour. Apenas uma pessoa no grupo não sentiu-se bem e por isso interrompeu o passeio. Eu não sei se ajudou também, mas em Lima antes de embarcar pra Cusco eu tomei um SOROJCHI PILLS, que comprei em Lima mesmo, o apelo a esse remédio que alivia os sintomas da altitude é bem grande, existem propagandas dele no aeroporto e em vários lugares. Leiam direitinho a bula, pois há contra-indicações!
O city tour de Cusco durou cerca de 2 horas e valeu a pena… saímos a pé pelas ruas e já ficamos sabendo da importância da cidade para o país. Cusco, que em quéchua (idioma nativo) significa “umbigo do mundo”, foi a capital do Império Inca, é considerada capital histórica e também PATRIMÔNIO CULTURAL E DA HUMANIDADE pela UNESCO. Embora o território não seja tão extenso, moram ali cerca de 400 mil habitantes.
Há indícios de que a cidade foi habitada antes mesmo dos incas. A praça das Armas é o cartão postal da cidade. Nela há 2 igrejas principais e muitos restaurantes e comércio, mantendo o padrão da arquitetura local.
A praça fica repleta de turistas até cerca das 21h, é uma delícia assistir ao pôr do sol da escadaria da igreja e depois tomar uma Cusqueña (cerveja fabricada na cidade) em um dos pubs dali. Em torno da praça não é permitido carros, o que é uma maravilha, pois lá o trânsito também é caótico.
A gastronomia…
Assim como Lima, Cusco tem excelentes opções para gastronomia. Do chef Gaston, indico o Papacho´s. Nele comi um hambúrguer artesanal maravilhoso! Até hambúrguer no Peru é diferenciado, falo isso porque não sou muito fã de hambúrgueres !!
Abram alas para o LIMO, sensacional !!! Fizemos reserva um dia antes e, embora o cardápio seja variado, optamos em comer o japonês deles e amamos!
Outra ótima opção, nesse caso, para almoço é o GREENS ORGANIC, com massas levíssimas, ótima pedida para o primeiro dia, pois recomenda-se comidas leves! A sobremesa de manga é maravilhosa!! Aproveite e experimente a Chica Morada, o suco feito da fermentação do milho roxo, uma delícia!
Os principais passeios ao redor de Cusco são: Parque Arqueológico de Sacsayhuaman, com o adoratório Incaico de Qenqo. Visita das fontes de água de Tambomachay. Vista panorâmica de Puca Pucará. Esses locais são antigos vilarejos incas, hoje em ruínas, vale muito o passeio quando se está com um guia, a energia do local se torna algo indescritível, em Sacsayhuaman me arrepiei dos pés a cabeça. É possível visitar esses 3 locais num mesmo dia. Fizemos o city tour no primeiro dia e essas visitas no segundo dia. No terceiro dia saímos para o Vale Sagrado, bem cedo.
Sobre VALE SAGRADO …
Saímos cedo de Cusco somente com uma mala de mão, o restante da bagagem só vimos no último dia, na última noite da viagem em Cusco. Repare se o seu roteiro fará essa combinação, porque no trem de Vale Sagrado a Águas Calientes (Machu Picchu) não tem onde colocar malas e nosso roteiro não incluiu hospedagem em Águas Calientes que fica no pé da montanha, dessa forma a bagagem maior ficou no hotel em Cusco, achei ótima essa opção, mais tarde explico o porquê…
Nesse dia, após 1h30 de viagem de van chegamos ao centro Awanacancha, onde observamos alpacas, lhamas e vicunhas. Os moradores locais nos mostraram suas técnicas de tecelagem e tingimento de tecidos. Em seguida, fomos ao mercado de Pisac. Almoçamos em um restaurante com comida à vontade, incluso no passeio, chamado TUNUPA. Este restaurante fica numa fazenda, com muito verde e a comida é variada e muito gostosa. À tarde, visita da fortaleza e templo de Ollantaytambo, que foi usado como forte durante a resistência inca. Esse lugar eu também achei espetacularrrrrr, é uma escadaria meio irregular, mas que vale a pena o esforço físico. Volto a dizer que na companhia de um guia como o nosso, que é quéchua e ama sua cultura, foi ainda mais compensador, pois ver o único vilarejo inca que ainda mantém a arquitetura da época, a beleza do lugar e entender todo o significado e importância do local é realmente enriquecedor.
Agora só um parêntese: esses vilarejos são muito pobres e o povoado “se vira” no que pode para sobreviver. A agricultura, tecelagem e o comércio local são as principais fontes de renda deles, mas é muito comum vocês virem senhoras quéchuas vestidas tipicamente e com filhotes de lhama no colo, oferecendo-os para tirar foto. Atraídos pela beleza do animal, pelo visual das senhoras e pela paisagem, os turistas aceitam pagar para tirar fotos. No entanto, ocorre que esses animais morrem depois porque não estão em seu habitat com suas mães e nem se alimentando decentemente, então, o ideal é evitar para que isso um dia acabe!
Nos hospedamos em Ollantaytambo no La Hacienda Valle Sagrado, que fica numa fazenda, local bem calmo e afastado da cidade. A ideia ali é fazer uma reflexão sobre tudo o que foi visto e preparar a energia e boas vibrações para chegar até Machu Picchu. Achei interessante essa parada, e essa ideia, por isso que digo que gostei da combinação do roteiro, porém, se você preferir pode hospedar-se em Águas Calientes, que tem centrinho e opções diversas de restaurantes e o acesso a Machu Picchu no da seguinte fica mais fácil.
Acordamos bem cedo em Ollantaytambo para pegarmos o trem até Águas Calientes. Na estação, tivemos que fazer uma parada na salinha de apoio da INCA RAIL, pois fomos avisados que, devido a forte chuva da noite anterior, houvera um desmoronamento em alguns pontos da linha de trem; dessa forma, nosso trem que deveria partir às 6h40 e chegar em Águas Calientes às 8h partiu apenas às 9h30… enfim chegamos a Águas Calientes, que fica poucos minutos de Machu Picchu !!!
Sobre ÁGUAS CALIENTES e MACHU PICCHU…
Chegamos de trem às 10h50, previmos que ficaríamos das 8h às 12h dentro do parque porque entende-se que quem vai de manhã deixa o parque às 12h; inclusive está escrito no ticket e quem vai à tarde entra às 13h e sai às 17h (horário que o parque fecha). Embora não tenham nenhum controle, esse seria o ideal para não acumular muita gente, mas, devido ao nosso atraso, estendemos a visita até às 13h30.
Quando você chega à estação de Águas Calientes, tem que ir passando por dentro de uma feira de artesanato para chegar ao ponto da van. Sempre há vans por ali, é só lotar que elas saem, então, não perdemos muito tempo com a subida.
Na entrada do parque há banheiro (necessário pagar para usar), restaurante e guarda-volumes.
Alguns guias ficam oferecendo a visita guiada na porta do parque, mas, como já estávamos com nosso guia, não cheguei a consultar o valor. Eu recomendo ter um guia, faz muito mais sentido a visita, você não vai apenas contemplar, mas saber mais sobre a importância do local para os peruanos, o que torna a visita muito mais mágica.
Ao passar pela catraca da entrada, prepare-se para enfrentar um pouco de subida, uma escadaria, mas sinceramente a vontade de estar ali é tão grande que você, assim como eu, não vai nem lembrar que subiu.
Machu Picchu ou “Cidade Perdida dos Incas” é uma cidade pré-colombiana, a 2400 metros de altitude. É o símbolo mais importante para os incas, foi redescoberta em 1911 e mantém 30% da sua construção original, o restante foi reconstruído.
A cidade que servia, muito provavelmente, para refúgio do inca soberano em caso de ataques, devido à sua localização, também servia para supervisionar a economia das regiões conquistadas.
Ao subir as escadarias, você vai se deparar com o cartão-postal mais famoso do Peru. Devido ao atraso dos trens, a quantidade de pessoas quando chegamos era muito grande, mas, mesmo assim, concorrendo com selfies e pessoas do mundo inteiro querendo tirar sua foto mais perfeita, é IMPRESSIONANTE a imponência do lugar. De fato, você vai se perguntar como os incas viviam ali e como redescobriram um lugar de tão difícil acesso e tão impressionante!!
Minhas recomendações: leve água, protetor solar, repelente e capa de chuva. Mesmo que você veja que está sol, não abandone sua capa porque o clima dentro do parque muda de uma hora para outra. Leve também algo para comer porque o restaurante ali é caro. 4 horas para visitar o parque é suficiente, com esse tempo você vai conseguir visitar sem pressa porque as subidas e descidas exigem um pouco de esforço físico. Roupas confortáveis e tênis que não escorregue… alguns lugares são estreitos e não têm apoio!
Aproveite ao máximo a visita, aproveite ao máximo o seu guia e sinta a energia do lugar, contemple a natureza perfeita!! ÓTIMA VIAGEM!!